Um dia perguntaram a Jorge Luis Borges:
“Para que serve a Poesia?”
ao que ele respondeu:
“E para que servem os amanheceres?”
Katyuscia Carvalho
O que me arde na poesia é essa forma de ser aura
a tocar em toda pele, em toda cor,
em toda arte, em toda parte, em toda ânsia, em toda dor.
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O que amo na poesia é a sedutora rebeldia de não ser de só palavra.
Vive em cio onde a beleza se desprendeu de seus porões,
incasta, inculta, plebéia.
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Salta certeira de tudo que nos destroça em sensações;
joga-nos ao chão, a beijar a agonia de uma flor,
ou levita-nos até à asa de um condor desesquecido.
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Elegância de uma dama, perfuma a sândalo e suor
se descalça e despenteia
para de clássica ser profana, desprofética, tribal.
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Poesia, a quem tem sede,
é um instinto animal
de querer abrir no mundo alimento numa veia.
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Katyuscia Carvalho
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