4 de mai. de 2010

michel laurence

Neymar, Ganso, Ronaldinho, Victor, etc…

Acho que nunca vou me acostumar a velocidade com que o futebol constrói e destrói um artista, um ídolo do futebol ou do esporte em geral.

De repente aparece o Foquinha fazendo uma zorra danada, e que desaparece indo para Portugal.

O Dimba, que surgiu feito um bólido, foi contratado pelo Flamengo, não fez nada e agora joga no Ceilândia; Bill foi um fracasso no Corinthians depois de ter sido artilheiro no Bragantino; Dil, que foi artilheiro do Goiás, e sumiu no São Paulo; Morais, filho do artilheiro Aloísio no Santos, surgiu como uma grande promessa e agora está no Avaí.

Vou lembrar aqui dois jogadores da antiga que surgiram e sumiram tão rapidamente que provavelmente pouca gente se lembra deles: Kaneko, que jogou bem pouco na ponta-direita do Santos, mas teve tempo de marcar sua presença com o “drible carrapeta” e Berico, um goleador que o Flamengo comprou a peso de ouro em Piracicaba. Berico estreiou no Maracanã fazendo 3 gols. Virou ídolo. Nunca mais fez nada. Foi vendido para o México e desapareceu.

É tudo muito rápido.

Surge jogador a todo o momento e assim outros que já foram grandes são contestados.
O Doni, que Dunga levou para a seleção, perdeu o lugar na Roma para outro goleiro brasileiro quase completamente desconhecido Júlio Sérgio, que teve uma rápida passagem pelo Santos.

Quando você olha, já era.

Talvez seja isso que está atrapalhando Dunga.

Ele achou que “todos” seus dedicados jogadores iam resistir a 4 anos de luta pelos gramados do mundo.



Assim como ele achou que aqueles que ele baniu da seleção não seriam capazes de voltar.

Ledo engano.

Em quatro anos Elano que foi elogiado no Santos, hoje é tido como mero coadjuvante; todo mundo quer Victor, do Grêmio no lugar de Doni; Josué já é citado como dispensável da seleção, enquanto o clamor para a convocação de Neymar, Ganso e Ronaldinho Gaúcho é quase insuportável.

É o futebol brasileiro.

Lá fora os técnicos das seleções rezam para que apareçam jogadores. Aqui se reza para que esperem mais um pouco antes de aparecer.

Só que a velocidade aumenta conforme os métodos vão se modernizando.

A minha cabeça de hoje nunca mais será a mesma de ontem, e provavelmente a minha do futuro será muito melhor do que a de hoje. É a velocidade da máquina do tempo, que tudo cria e tudo termina. 

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