21 de jul. de 2009


Invenções do Tempo

Thereza Christina Rocque da Motta

I

Descreve a suavidade das linhas oblíquas
em teu sono cálido e permanente,
figura despida em meu leito,
teu sorriso, corpo e mãos presentes.
Toco a palma das encostas
elevando tua alma da penumbra,
tua forma lapidada,
a se transformar com a luz.

II

Distante da tua imagem
aqui posta em sossego
– mais do que tudo, silêncio –
espero o sinal de partida
como navio que aguarda levantarem âncora.
Saio de minha casa
abandonando tudo.
Deixo para ti,
meu sono de profeta da clandestinidade.
Trago-te de volta ao que eras.

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