17 de mai. de 2009

papo de... cachaceiro

Ricardo Azoury/Divulgação

agora, em taça

por Gustavo Fioratti

Presidente da Câmara Setorial da Cachaça do Ministério da Agricultura, Vicente Bastos Ribeiro trocou a vida de economista da ONU pela de mestre-cachaceiro. Há 18 anos, ele apruma o paladar, em cursos e como produtor. Na quinta, dia 21 (Dia Nacional da Cachaça), ministra aula sobre a bebida no bar Filial, na Vila Madalena.

Como reconhecer uma boa cachaça?
Em primeiro lugar, averiguando se o líquido está completamente límpido. Quando há partículas flutuantes ou cheiro de desinfetante, é sinal de defeito de fermentação. A coloração pode ser branca ou amarelada. E a bebida tem que descer suave. Cachaça que desce rascante não é boa. O retrogosto, depois de engolir, tem que ser agradável.

Qual é o melhor copo para degustar?
Aquele famoso copinho de pinga é feito para tomar em talagadas, ou seja, de uma vez só. Mas, hoje, há quem tome em pequenas taças, a goles também pequenos. O copinho não permite sentir tão bem o aroma.

O que comer num boteco para acompanhar uma dose?
Caldinho de feijão é o rei. Os bolinhos também: de aipim, bacalhau. Não me vem à cabeça nenhuma restrição. Com doces é que a combinação fica mais difícil. Mas existem cachaças envelhecidas em pau-brasil, como a Fulô, que caem bem com chocolate amargo.

Cachaça combina com cerveja?
Isso não é particularidade da cachaça. Na Alemanha, na Escócia e em vários outros países, há quem intercale duas bebidas, como cerveja e uísque.

E com velório?
Hummm... Já vi casos. Em alguns lugares é comum "beber o morto". Eu, particularmente, nunca tive essa experiência.



Filial. Rua Fidalga, 254, Vila Madalena, tel. 3813-9226. Qui.: 19h às 20h30. Grátis (é necessário fazer reserva pelo telefone 3667-1899 ou cadastro no site www.barfilial.com.br). Não recomendado p/ menores de 18 anos

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